O posicionamento GNSS está relacionado à determinação das
coordenadas de um ponto em relação a um sistema de referência.
Podendo ser classificado como absoluto, relativo, ou DGPS, em
estático ou cinemático, e em relação ao tempo do posicionamento
como pós-processado ou em tempo real.
Métodos Absolutos
A principal diferença entre os métodos absolutos e os métodos
relativos é que no primeiro, utiliza-se apenas um receptor, enquanto
que nos métodos relativos são utilizados dois ou mais receptores. O
método absoluto associa as coordenadas diretamente ao geocentro.
No posicionamento por ponto, em tempo real, o posicionamento é
realizado através das pseudodistâncias derivadas do código C/A e
as efemérides transmitidas. Este método é bastante utilizado em
navegação e levantamentos expeditos. A precisão pode chegar em
torno de 10 m.
O posicionamento por ponto preciso “PPP” utiliza as
pseudodistâncias e/ou fase da onda portadora, de uma ou duas
frequências, corrigidas com as efemérides precisas e correções
dos relógios dos satélites, erros da troposfera, erros da
ionosfera. Podendo ser pós-processado ou em tempo real (NTRIP). A
acurácia está na casa dos centímetros.
Métodos Relativos
Os métodos relativos caracterizam-se pela utilização de dois ou mais
receptores, de uma ou duas frequências, sendo que no mínimo um
receptor é usado como base. Os receptores rastreiam simultaneamente
os satélites. As coordenadas são determinadas com relação a um
referencial materializado com um ou mais vértices de coordenadas
conhecidas. São formadas às linhas de base ΔX, ΔY
e ΔZ, e com as coordenadas
conhecidas das estações de base ou de referência, são
proporcionadas as coordenadas do ponto de interesse. De
forma geral, é utilizado
as duplas diferenças como observações fundamentais.
Estático
A observável normalmente adotada no posicionamento relativo estático
é a dupla diferença da fase de batimento da onda portadora, muito
embora possa também se utilizar a dupla diferença da
pseudodistância, ou ambas. Os casos em que se tem as duas
observáveis proporcionam melhores resultados em termos de acurácia.
Neste tipo de posicionamento, dois ou mais receptores rastreiam,
simultaneamente, os satélites visíveis por um período longo de
tempo, que pode variar de dezenas de minutos (20 minutos no mínimo)
até algumas horas. Precisão da ordem de milímetros.
Estático
Rápido
O
método estático rápido é semelhante ao método estático,
diferenciando-se pelo menor tempo de rastreio nos pontos a serem
determinados, com duração menor que 20 minutos. O receptor é
desligado durante o deslocamento de uma estação para outra.
Precisão na ordem de centímetros.
Semi-Cinemático
O
método semi-cinemático caracteriza-se por manter a sintonia com os
satélites durante o deslocamento, mesmo sem armazenar as
observações.
Cinemático
No
método cinemático, o receptor coleta dados enquanto está se
deslocando, o que permite estimar as coordenadas de sua trajetória.
RTK
O
RTK (Real Time Kinematic) é o posicionamento relativo em tempo real.
É composto por dois receptores (de dupla ou simples frequência) com
as respectivas antenas, link de comunicação (para transmitir e
receber correções e/ou observações da estação de referência) e
software apropriado para realizar o processamento e a validação dos
dados. O RTK se baseia no posicionamento relativo, utilizando as
correções da fase da onda portadora recebidas no receptor base (de
coordenadas conhecidas e precisas), via link de rádio, em algoritmos
de resolução de ambiguidades em tempo real (On The Fly – OTF) no
ajustamento sequencial (ou recursivo) das observáveis, permitindo
determinar em tempo real a posição do receptor rover. Em geral,
procede-se a combinação linear da dupla diferença da fase,
podendo, dependendo da estratégia de implementação computacional,
se utilizar de recursos de combinações lineares entre as
portadoras. Quando utilizado de várias bases conectadas tem-se o RTK
em rede. Precisão na ordem dos centímetros.
Diferencial
GPS (DGPS)
O
conceito de DGPS envolve o uso de um receptor estacionário em uma
estação com coordenadas conhecidas, rastreando todos os satélites
visíveis. O processamento dos dados nessa estação (posicionamento
por ponto) permite que se calculem as correções posicionais, bem
como as pseudodistâncias.
As
discrepâncias em coordenadas são transmitidas para os usuários. Em
intervalos preestabelecidos, correções de pseudodistâncias e suas
variações, geradas a partir das diferenças, são transmitidas para
os usuários, os quais as aplicam às pseudodistâncias coletadas.
O
Método DGPS foi desenvolvido para que fossem reduzidos os efeitos
advindos da disponibilidade seletiva (SA), implementada nos satélites
GPS e desativada em 2000. Diferente dos métodos relativos, não há
linhas de base ligando a estação-base a estação de interesse, as
correções estimadas na estação-base são aplicadas nas
coordenadas ou pseudodistâncias da estação a determinar. Afim de
melhorar o desempenho do DGPS foi criado o WADGPS (Wide Area DGPS).
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